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"Rumor de Deuses" © Jorge Gonçalves

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RUMOR DE DEUSES

1996/2022

público-alvo m/ 12 anos 

duração 50 min. aprox.

 

Coreografia e direção artística Paulo Ribeiro

 

Assistente do coreógrafo e responsável pela remontagem Matilde Barbas

 

Interpretação Catarina Keil, Marco Esteves, Pedro de Aires,

Marta Cruz e Inês Vasques

 

Música Vítor Rua e “Caeser”, de Iggy Pop

 

Figurinos originais Maria Gonzaga

 

Desenho de luz e operação João Rodrigues

 

Produção executiva Héloïse Rego 

 

Produção Companhia Paulo Ribeiro

 

Estreia absoluta 16 de Janeiro de 1996, na Sala Polivalente do Serviço Acarte da Fundação Calouste Gulbenkian

 

Estreia da remontagem 26 de novembro, Teatro Viriato, Viseu

“Toda a vida é uma metafísica às escuras, com o rumor de deuses e o desconhecimento da rota como única via.”

Fernando Pessoa, in “O Livro do Desassossego”

 

Tentarei criar nesta obra uma espécie de cerimónia ou celebração metafísica onde o corpo será veículo de comunicação por excelência. A exploração de uma fisicalidade subtil que, por acumulação, se deverá tornar exuberante na sensação interna e na imagem externa que o corpo possa evocar. Assumirei neste projecto a estranha liberdade da alma que ultrapassa palavras e representações e que se desenvolve pouco a pouco em nós quando não lhe recusamos a existência; ela permite-nos escapar a certas tiranias e Ser, independentemente das circunstâncias, nós próprios. Só que nós próprios magoados, deformados pelo hábito e pela necessidade. Assim, através da fisicalidade, criarei matéria orgânica moldada pela vida, mas que ressoa pelo Universo. Paulo Ribeiro

Paulo Ribeiro

(o autor escreve segundo o antigo acordo ortográfico)

CARREIRA DO ESPETÁCULO

 

1996

Sala Polivalente do Serviço ACARTE / Fundação Calouste Gulbenkian*, Lisboa (estreia); 

V Rencontres Internationales de la Seine Saint Denis, Bagnolet; 

Teatro Nacional S. João, Porto; 

Kunstlerhaus Mousonturm, Frankfurt / Alemanha; 

Centre Culturel de Drancy / França; 

Posthof, Linz / Austria; 

Festival Danças na Cidade / Centro Cultural de Belém, Lisboa; 

Festival Folhas Verdes, Kortrijk / Bélgica; 

(*co-produtor) 

 

1997 

Kampnagel, Hamburg / Alemanha; 

Danse à Lille, Lille / França;  Pôle Sud, Strasburg / França; 

Centre Georges Pompidou, Paris / França; 

Operation Antilope, La Chaux-de-Fonds / Suiça; 

Tanzwerkstatt, Berlin / Alemanha; 

Dance Week Festival, Zagreb / Croácia; 

Exodos Festival, Ljubljana / Eslovénia; 

Balance Festival, Marburg / Alemanha; 

Festival Oriente / Occidente, Rovereto / Itália; 

Le Temps d’Aimer, Biarritz / França; 

Kulturetage, Oldenburg / Alemanha; 

Petofi Hall, Budapest / Hungria; 

Quinzena da Dança de Almada, Almada; 

1998 

Teatro Angrense, Angra do Heroísmo, Açores; 

Centro Cultural da Graciosa, Graciosa, Açores; 

St. Reinoldi Kirche, Dortmund / Alemanha.

IMPRENSA SOBRE "RUMOR DE DEUSES"

“(...) A imagem dos “humanos Cristos” (dor) contrasta com o riso que emerge do corpo (admirável a meleabilidade coreográfica), que se limpa das sombras do seu interior e se dá a conhecer como aposento de uma solidão bem acompanhada por homens que nascem, sofrem, agonizam e morrem. Não somos nós “myopes” e o mundo “uma névoa insuficiente e contínua”? Pessoa lá sabia, Paulo Ribeiro também...”

Ana Marques Gastão, Diário de Notícias (22 de Janeiro de 1996)

 

 

“(...) Longe do Olimpo, os activos deuses de Paulo Ribeiro envolvidos por um deliberado quotidiano, confundem com o seu pretenso esoterismo mas nunca deixam que a frieza ou a imobilidade contaminem o seu universo falsamente privado.”

António Laginha, Correio da Manhã (18 de Janeiro de 1996)

 

“(...) Comparado com “Sábado 2”, “Rumor de Deuses” é um trabalho mais contemplativo, o que permitiu ao coreógrafo avançar na exploração de novos vocabulários de movimento – mais amplos, mais suaves – e de novas situações em que o humor se constrói. Refiro-me por exemplo às mudanças abruptas na interpretação dos gestos e suas descontextualizações, jogando com a ambiguidade que a linguagem corporal encerra e as incertezas e dúvidas que ela suscita.

 

“Rumor de Deuses” é uma peça apreciável para a qual Rui Marcelino construiu um eficaz desenho de luzes, um elemento decisivo na comunicação dos sentidos coreográficos. (...) “Rumor de Deuses” conta com os desempenhos exemplares de Leonor Keil, evidenciando uma crescente maturidade e refinamento, de Joana Novaes, Paula Moreno, Peter Michael Dietz e Patrick Harlay, extremamente poderosos nas interpretações dos enunciados coreográficos.” Maria José Fazenda, O Público (19 de Janeiro de 1996)

 

“...Paulo Ribeiro tem criado peças exemplares de uma linguagem coreográfica própria, e habituou-nos, por outro lado, à capacidade de renovação dela. (...) ... da alternância vocabular que o coreógrafo subtilmente consegue entre o abstracto e a caricatura resulta uma peça estruturada num trabalho de grande exigência performativa. (...) Uma palavra ainda para a grande qualiadde de interpretação exigida por Paulo Ribeiro aos bailarinos... Vai sendo raro tanto apuro e adequação a uma linguagem difícil. Tem tudo a ver com a particular qualidade do coreógrafo / bailarino.”

Cristina Peres, Expresso (27 de Janeiro de 1996)